Este Governo não quer cair, e a oposição, tímida como é, também não quer que o Governo caía. Pelo que estão ambos de acordo... mas nenhum prescinde de medir forças sempre que pode. O PSD e o CDS mostram garras, para provarem que existem, o Governo aproveita-se da situação de a oposição o querer lá, para usar em vitimização o que perdeu em maioria. "Vocês não me deixam governar, eu demito-me"... "ai jesus, que ele se demite"... e cedem num lado para depois medir forças na próxima alteração legislativa...
E andamos nesta birra palaciana (a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, promessa de Sócrates ao Lobby Gay, contra a vontade da maioria da população portuguesa, é um exemplo da Governação regida pela birra). Dizia eu, andamos nesta birra enquanto o custo da dívida galopa em direcção a um rating da República adequado a um país do terceiro mundo. Atrás do rating da República, vão os bancos que são estrangeiro-dependentes para se financiarem. Afinal a dívida pública que Sócrates "foi à França" explicar que foi contraída para ajudar o sistema financeiro não ajudou o sistema financeiro. E também não ajudou a economia, porque o desemprego toca as raias dos 10%..
Ontem tivemos um Ministro das Finanças a criticar a oposição por causa da Lei das Finanças Regionais, e assistiu-se a uma declaração de guerra fria à oposição, e esteve mesmo a um passo de responsabilizar a oposição pelo actual descalabro das finanças públicas. Ao ministro (que o Presidente do BES ama e o FMI odeia) vale-lhe o ar competente e determinado, com que enfrenta os clientes do BPP e a oposição no Parlamento, mas que não lhe chega para evitar a proeza de apresentar o défice histórico de 9,3%; ou para evitar transformar aquilo que começou num caso de polícia de 800 milhões de euros, ou coisa que o valha, num buraco que ficará a cargo do Estado no valor de 3 biliões de euros (e quanto mais tempo demorarem a venderem o banco, maior o buraco), estou a falar do BPN.
Vamos nos ver gregos para nos livrarmos desta praga...
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