sábado, 27 de fevereiro de 2010

Impeachment a Sócrates

Do pouco que ouvi desta crise política que para aí anda, retive:
Que o Primeiro Ministro não pressionava jornais, nem dava ordens para os comprar, limitava-se a seduzir para que a sua vontade fosse seguida. Não censurava os jornais, ligava directamente para os Directores, na esperança de lhes inchar a vaidade. Não pedia para comprar a TVI, ou qualquer órgão de comunicação incómodo. Limitava-se a dizer alto e bom som que era vítima deste ou daquele órgão, ou jornalista, para que as "tropas ocultas" pensassem em soluções, por sua própria iniciativa.
Sócrates quando falou em público, mandou recados, assim como continua a mandar, quando responde a todas as perguntas, nem que sejam sobre o tempo, com um "não me vão vencer pela calúnia,não vão conseguir provar essas injúrias". Como quem diz, desistam, porque o meu nome não aparece em nada... "ninguém me trata por chefe"!

Que o Primeiro Ministro está a pensar resolver o problema das escutas reveladas, reforçando os mecanismos de penalização para quem as divulga. O que eu li disto, foi que Sócrates, tendo falhado a via da diplomacia, avança para a alteração legislativa. Queria aqui dizer também que, nenhum jornalista tem que estar sujeito ao segredo de justiça dos outros. Os jornalistas estão sujeitos ao seu código deontológico, de não divulgar as fontes. Não ao código dos juízes e magistrados.

Uma comissão de inquérito é o mais próximo que temos do impeachment, pelo que, o mínimo que se espera é que Sócrates lá vá responder aos deputados, e que estes se preparem bem, com profundidade, e se deixem de perguntas superficiais. Ou seja que a sua preparação para os inquéritos vá muito para além dos artigos de opiniões dos jornais, procurem assessoria jurídica, judicial, etc.

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