terça-feira, 3 de março de 2009

...ainda no livro

...Fez lembrar um brilhante diálogo no filme de Martin Scorcese, A Idade da Inocência, entre a matriarca da nobre família Townsend, Manson Mingott, e a sua sobrinha Regina Beauford, que lhe vai pedir ajuda financeira para suportar os desaires do marido, um nouveau riche recém-caído em desgraça por negócios pouco transparentes. Regina vai pedir ajuda em nome da ascendência comum das famílias, o que a velha recusa porque na sua casa honra sempre foi honra, mas honestidade também sempre foi honestidade.
“Mas o meu nome, tia, está em causa a honra do meu nome, Regina Townsend”. Ao que Manson Mingott responde: “O teu nome era Beauford quando te cobria de jóias e vai ser Beauford agora que te cobre de vergonha”.
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O facto de ser católico e de ser da Opus Dei deu uma grande ajuda à propagação desse ódio. O ódio a Jardim Gonçalves é o ódio à Opus Dei, que por medo, por desconfiança, pela inveja que o dinheiro suscita e por fim por ignorância, são vistos como os malfeitores do século, ideia que conseguiu a proeza de pôr o Dan Brown a best-seller.
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Agustina Bessa Luís, essa genial conhecedora da alma humana, escreveu uma vez “os homens sérios não olham de frente quando são mais sinceros do que o habitual. Digam o que disserem é assim”.
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Alguém disse uma vez que a política se reduz aos espertos que querem subir e aos tolos que lhe servem de degrau, a que Agustina acrescentou os vingativos
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disse uma vez que séculos de pregação do bem não deram resultado, é mais importante gerir o mal do que pregar o bem.

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