segunda-feira, 2 de março de 2009

Ulrich versus Santos Ferreira

Ulrich versus Santos Ferreira e o Prémio de controlo por 10%.... Cimpor à CGD e BPI à Santoro

Sobre a aquisição das acções da Cimpor à Investifino (Manuel Fino) pelo banco do Estado, a um preço que está, hoje, mais de 50% acima do seu valor em bolsa.
Fernando Ulrich arrasou o negócio da venda de dez por cento da Cimpor à CGD, que foi feito com um prémio de 25 por cento. O presidente do BPI disse ter "muita curiosidade" em saber como é que "ao se comprar um activo acima do valor de mercado se consegue "reduzir as imparidades". E que iria mesmo perguntar aos auditores do BPI, que são os mesmos da CGD, como funciona este mecanismo. É pelo menos divertida esta ironia de Ulrich.
Mas a verdade é que "esta" CGD estava entre a espada e a parede, pois herdou um presente envenenado: um empréstimo para comprar acções BCP, e não só, em que apenas as acções eram a garantia: Três euros e meio depois, e a CGD tinha uma imparidade de 80 milhões de euros para abater aos resultados e ao capital. Evidentemente esta administração da Caixa fez o que pode. Mas não podia fazer muito. Mas o que teve mesmo graça foi ver o administrador Bandeira Vieira e Faria de Oliveira (que é uma pessoa tão agradável) a defenderem que é normal prémios de 20% a 35% em aquisições semelhantes. Mas esta comparação está enquinada, pois os prémios pagam-se pelo controlo. Claro que Ulrich não deixou passar em branco e lá lembrou que o controlo aqui resumia-se a menos de 10% do capital. Entretanto outra pessoa sentiu as farpas de Ulrich (e porque será)... e acusou o toque. Na reunião de quadros do BCP, Carlos Santos Ferreira respondeu a Ulrich...ainda que subtilmente quando disse que tinha vendido 10% do BPI aos angolanos da Santoro e, fez questão de reforçar, com um prémio de 35%. Ora prémios por 10% estão quase a ser um hábito.

1 comentário:

  1. Isto é uma vergonha!!! Ainda ontem no programa " Prós e contras" esta situação não ficou esclarecida. Sómente o Dr. Silva Lopes (socialista de gema, mas honesto) e Fernando Ulrich, se insurgiram contra esta operação realizada pela CGD. Todos nós temos o direito de saber a verdade sobre todos os negócios da CGD, pq é uma entidade pública. Relembro que somos todos donos da CGD. O que é preciso é saber concretamente, como foi feito e quando o contrato inicial de empréstimo. Ou então, só se pode concluir das duas uma: 1º " ou se trata dev incompetencia profissional", ou " existiram interesse próprios ou outros que não os interesses do banco".

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