quinta-feira, 27 de maio de 2010

Batalha de Aljubarrota

Eu acho que no fim de todas as batalhas a PT vai acabar por vender a Vivo à Telefónica. Não tem alternativa. Porque o máximo que pode almejar é a ficar com a Telefónica numa situação de impasse. Mesmo que consiga capital para cobrir a oferta da Telefónica (5,7 mil milhões), não tem grandes hipóteses de conseguir que os espanhóis vendam a sua parte na operadora móvel no Brasil. A Telefónica ganha mais em sinergias (porque tem a rede fixa no Brasil) do que a PT, pelo que a Vivo é mais valiosa para os espanhóis. Para além de a Telefónica ter um papel predominante na gestão da Vivo e de travar a distribuição de dividendos, e isso afectar mais a PT e os seus accionistas que os espanhóis. Sofrem do mal do país (endividamento).

A PT vai acabar por ter de vender a Vivo e usar o dinheiro para investir noutra operadora num mercado fora da Europa, que tenha afinidades com Portugal (Brasil? PALOPs?). Desta vez sozinha, e sem parceiros gigantes com 50%.
Não haverá OPAs hostis à PT, a Telefónica está a fazer bluff. É um facto que a PT tem muita perícia na defesa de OPAs, e tem aliados expert em "white knight" (accionistas que ajudam à defesa) - neste caso o accionista aliado seria a Telmex - mas esta tática só funciona em estratégias de defesa. Nada podem numa estratégia de contra-ataque.
A PT precisa da Vivo, mas só se houver dividendos que lhe sejam distribuídos. Valbuena sabe bem como ferir a PT. E embora Zeinal não seja subestimável, a verdade é que a nossa PT está em desvantagem face à Telefónica, quanto mais não seja pela capacidade financeira da operadora espanhola.

Sem comentários:

Enviar um comentário