Eric Rohmer era o "ancião" da nouvelle vague. A era dos grandes realizadores, a era da apologia da sedução, das histórias de amor, que tem o seu auge em François Truffaut [autor do Homem que Gostava de Mulheres; do Quatrocentos Golpes; Beijos Roubados (1968), Domicilio Conjugal (1970) e Amor em Fuga (1979); do a Noiva Estava de Luto]. Rohmer [autor do O Joelho de Claire; A minha Noite em casa de Maud: da Inglesa e o Duque] foi um escritor falhado. Ele dizia que os seus filmes eram adaptações de livros que não tinha conseguido escrever. Era o homem que encenava a literatura, sem ela. Era como se tivesse os livros escritos na sua memória e os passasse directamente para a tela, sem passar pelo papel.
Nos filmes de Rohmer (como de Truffaut) os homens eram os sedutores, e o porto seguro da mulheres na sua inerente fragilidade feminina.
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